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Início › Artigos › Cartografia de urgências

Cartografia de urgências

Num viés descolonizador, projeto Rede Choque amplia a visibilidade da produção artística de Santa Catarina.

Por Néri Pedroso
05 jan 2021
em Artigos
Alcapony is Back, Diego de los Campos, 2017

Da série “Alcapony is Back” (2017), acrílica sobre papel de Diego de los Campos. Foto Divulgação.

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Ano atípico em que a pandemia impactou a vida e o cenário artístico de Santa Catarina, do Brasil e do mundo. Sem desmerecer outras ações realizadas ao longo de 2020 no setor dentro do Estado, destaca-se aqui uma iniciativa inédita por seus significados extraordinários na amplitude de conexões urgentes. Realizado no espaço virtual, o projeto Rede Choque reuniu 33 artistas, a maioria do Estado, num conjunto de exposições montadas para a Galeria Choque Cultural (SP) em parceria com o projeto Armazém e com o Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza, Florianópolis (SC). Fortemente marcada pelo tempo pandêmico e por estilhaços de descolonização, a ação opera como um rastilho capaz de mudar percepções. Ao trazer à tona outras formas, conteúdos e expressões, amplia a representatividade da produção feminina, negra, indígena e LGBTQ+, valoriza processos de individuação até então pouco considerados no chamado sistema das artes visuais e, portanto, assume um viés de cidadania e equidade social.

Baixo Ribeiro e Juliana Crispe aproximam São Paulo (SP) e Florianópolis (SC). Ele, paulistano, formado em arquitetura e urbanismo na Universidade de São Paulo (USP), curador, fundador da Choque Cultural. Ela, curadora e pesquisadora, coordena em Florianópolis o projeto Armazém, que faz desde 2011 exposições e feiras para divulgar o múltiplo e a publicação de artista, e o Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza, um grupo de mulheres formado em 2016 para promover arte, cultura, educação, infância e empoderamento feminino num casarão histórico no bairro Sambaqui.

Cada um em sua cidade, com pensamentos e ações convergentes, Baixo e Juliana elaboram uma nova cartografia em que noções como centro e periferia são diluídas em favor da equidade artística.

Fundada em 2004, a Galeria Choque Cultural é uma das referências globais em arte urbana e novas linguagens contemporâneas, apresenta jovens artistas, nomes já consagrados e coletivos. Foca na apresentação em mídias que compõem suas obras, através de exposições indoor, nas ruas ou virtuais. Investe também em intercâmbios, residências, intervenções urbanas, colaborações, imersões e outras experiências multidisciplinares. Sob o guarda-chuva da galeria, realiza projetos de arte no espaço urbano, em lugares não convencionais e em instituições museológicas.

As exposições do projeto Rede Choque têm curadoria de Juliana Crispe e Baixo Ribeiro que já abriu espaço para a arte do Amazonas, Pernambuco, Distrito Federal e Manaus. Cada um em sua cidade, com pensamentos e ações convergentes, Baixo e Juliana elaboram uma nova cartografia em que noções como centro e periferia são diluídas em favor da equidade artística. Ambos, identificados com as lutas de resistência, ampliam com a Rede Choque a representatividade da produção feminina, negra, indígena e LGBTQ+.

No caso de Santa Catarina, a seleção dos artistas é feita preponderantemente por Juliana que valoriza o acervo do Armazém para montar uma curiosa listagem em que as mulheres são dominantes. Profunda conhecedora do panorama de artes visuais no Estado, conhece e acolhe a produção de dois nomes do cenário joinvilense, Franzoi e Jan M.O., esse último uma revelação cuja produção pede atenção pelo frescor e consistência.

“Restartar esse sistema”

A ideia do projeto, conta Baixo Ribeiro, nasceu há mais de 15 anos na criação da Choque Cultural. Com a artista arquiteta Mariana Martins fundou a galeria já com a intenção de atuar em rede, ampliando discussões e noções de sustentabilidade para toda a cadeia artística. “Hoje temos um sistema fechado, muito limitado e que de fato não cumpre minimamente as funções que deveria dar voz a todos de uma maneira ou de outra. De alguma forma temos de restartar esse sistema e fazer com que ele se sustente de alguma maneira, indo além”, diz ele que também lembra que os editais, os colecionadores, os patrocínios e os patrocinadores não dão conta de investir no volume necessário. Com uma grande produção fluida, fluente e um público interessado, defende um mercado de arte, a criação de novos canais de acesso. “A Rede Choque é apenas um desses canais que procura mapear cenas e ações locais, mas com uma visão global. A crença na importância dessas realidades locais e sua capacidade de transformação de lugares se fortalece no não isolamento, quando todos estão em rede, se conhecendo, enxergando.”

O mapeamento operado na Rede Choque aponta a questão da urgência, ou seja, a inclusão de grupos historicamente ignorados em acervos e instituições museológicas como negros, indígenas, LGBTQ+ e mulheres.

 

O desejo de tornar visível o que está invisível o aproxima de Juliana Crispe, que também mantém uma rede potente com o projeto Armazém. O mapeamento operado na Rede Choque aponta a questão da urgência, ou seja, a inclusão de grupos historicamente ignorados em acervos e instituições museológicas como negros, indígenas, LGBTQ+ e mulheres. Portanto, uma discussão profunda sobre arte, sociedade, política, ética e democracia. Um eixo central faz uma combinação entre arte e política, alguns com poéticas mais radicais, outros por vias transversas.

Uso do corpo como suporte

No universo feminino, as obras dialogam por temas e faturas similares, aquilo que vem da mão, colagens, costuras, bordados, tecidos esvoaçantes, a delicadeza manual, sexualidade, os feminismos. Entre outros, chama a atenção o trabalho de Cathy Burghi, uruguaia que vive e atua em Florianópolis. Multimídia, entre outras técnicas cria bordados belamente impactantes em que reproduz o corpo feminino. Onírica, faz da arte guerrilha. Aliás, notório na maioria dos 33 artistas destacados por Juliana Crispe o uso do próprio corpo como suporte, como linguagem que incorpora procedimentos híbridos, em que o artista faz apropriações, recorre a distintas linguagens e temporalidades para pensar o contemporâneo.

A política, por sua vez, está no cerne da produção de outro uruguaio que vive em Florianópolis. Diego de los Campos é radical, pega na veia sem meios termos. Com sangue nos olhos, associa arte e pensamento com pleno domínio de diferentes técnicas, das tradicionais à novas tecnologias. Desenha, pinta, faz cerâmica, cria esculturas em movimento, produz videoarte. “Penso que há nas artes um sentido de justiça que tenta balançar a forma piramidal na qual o poder é estruturado, criando imagens que transitam na direção oposta às imagens que são direcionadas para perpetuar a dita estrutura de poder.”

Gugie, Allan Cardoso, François Muleka e Bruna Granucci vivem a experiência da primeira individual no modo virtual, sinalizando que são poderosos.

 

Dispositivo de construção de cidadania

Outro dado significativo é a mistura geracional que revela a ênfase das discussões identitárias e de gênero como estruturante sobretudo nas novas representações. Consagrados como Carlos Asp, Jandira Lorenz, Rosana Bortolin e Sandra Favero, nomes alinhados aos anos 1970/80/90 e 2000, aparecem ao lado de jovens iniciantes que realizam a primeira mostra individual. Sem temor, Juliana Crispe abre portas, mesmo que alguns no avanço do tempo se percam no enorme desafio de uma carreira artística num Estado que pouco valoriza a cultura como dispositivo de construção de cidadania, sensibilidades e sentidos. Gugie, Allan Cardoso, François Muleka e Bruna Granucci vivem a experiência da primeira individual no modo virtual, sinalizando que são poderosos.

Gugie, nome artístico de Monique Cavalcanti, é a autora do mural de Antonieta de Barros num dos prédios da rua Tenente Silveira, no centro de Florianópolis. Muleka, conhecido por sua atuação musical, começa uma carreira com uma pintura vigorosa e imagens de resistência. Também impacta o trabalho de Allan Cardoso, nascido em Florianópolis em 1996. Com pinturas, performances, vídeo e fotografia, faz provocações com obras queer (pessoas fora do padrão cisheteronormativo). Nessa perspectiva, explica a curadora, narra a própria experiência e vulnerabilidade de alguém que não se identifica com as classificações. “O que encontramos é uma instigante pesquisa entre a produção artística que também interroga e liberta a existência humana das formas, dos modos de ser e estar no mundo”.

Nas poéticas pretas aparecem, por exemplo, Cássio Markowski, Gugie, Itamara Ribeiro, Sérgio Adriano H.,   K_uz e Muleka. Na representação indígena, Juliana sai do âmbito de Santa Catarina para acolher, por exemplo, a trajetória de Moara Brasil. No âmbito geográfico, no conjunto dos 33, os artistas que vivem em Florianópolis aparecem em maioria, algo que poderia estar em melhor equilíbrio nas escolhas da curadoria. Jan M.O., Franzoi e Sérgio Adriano H. são de Joinville, Sebastião do Aragão, de Itajaí e Claudia Zimmer vive hoje em Blumenau.

Mundo virtual e mercado de arte

A artista Luciana Petrelli, que apresenta trabalhos recentes, feitos no isolamento social, pensa a exposição no mundo virtual e a importância do mercado de arte. “Após a enxurrada inicial de informações, aos poucos todos se ajustam, aceitam, seguem as próprias curiosidades e interesses. A pandemia obriga uma reflexão individual profunda como o próprio perfil artístico e o desejo de seguir atenta, viva, ativa. Isso veio para ficar e há uma riqueza na facilidade de comunicação, de diálogo e troca com pessoas distantes. Tem muita conversa”, diz Petrelli, agora curiosa para ver a adaptação dos museus que começam a fazer exposições on-line.

Para ela, o projeto Rede em Choque amplia o relacionamento com pessoas referenciais do mercado, que a partir da publicação pediram o link e informações. “Sair do Estado, estar além mar dá visibilidade e força ao trabalho. A curadoria, entende ela, começa um trabalho em Curitiba (PR), na Bienal Internacional de Arte Contemporânea, e de lá se desdobra para São Paulo. Juliana constrói e se mantém, trouxe não só relevância, mas consistência”, afirma.

Outro aspecto relevante apontado por Petrelli é o encontro do artista com a galeria, algo exemplificado na prática, segundo ela, por Sérgio Adriano H. que “demonstra o relacionamento com o galerista, o artista se apresenta dentro e fora como representado, um fortalece o outro, via de mão dupla. Duro no cenário pandêmico é se manter sozinho, requer saber se recolher no tempo adequado, não ficar passivo, estar conectado e avançar”.

A atenta observação e escuta são pontos basilares deste trabalho em que o curador privilegia a voz do artista em detrimento da sua. Engajada, a consistência mencionada por Petrelli está na defesa de legados ainda não reconhecidos, na diluição de divisas entre centro e periferia no que se refere à São Paulo e no fato de que o pensamento curatorial vai além do objeto obra, impõe-se como manifesto de oposição à cultura patriarcal, brancocêntrica e heteronormativa, mesmo que seja apenas um começo.

Acesse as exposições na Galeria Choque Cultural aqui.

Leia outro artigo da Néri Pedroso publicado no Portal,  Fúlgido Boppré.

Lista dos 33 artistas e link pra acesso:

Fran Favero

Claudia Zimmer 

Jan M.O

Cathy Burghi

Sandra Favero

Sérgio Adriano H.

Bruna Granucci 

François Muleka

Silvana Macedo 

Priscilla Menezes

Carlos Asp

Gugie (Monique Cavalcanti)

Ana Sabiá

Franzoi

Itamara Ribeiro 

Julia Amaral 

Doraci Girrulat 

Cássio Markowski

Luciana Petrelli

Raquel Stolf 

Rosana Bortolin 

Sebastião do Aragão

Jandira Lorenz

Diego de los Campos

Allan Cardoso 

Fefa Lins

Moara Brasil

Amanda Mello Mota 

Fernanda Magalhães 

Auá Mendes

K_uz

Renata Felinto 

Tags: arteArqSCNéri PedrosoJuliana Crispeprojeto armazémEspaço Cultural Armazém – Coletivo Elzacircuito da arteChoque Cultural
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