E lá vem ele novamente com sua inquietação par provocar a reflexão sobre a extração e exportação de pedras nacionais. Na CasaCor SC 2021, o arquiteto Jeferson Branco já tinha jogado luz sobre o tema ao utilizar as pedras Cocadablu e Red Fire, extraídas na Bahia e em Minas Gerais, que são quase 100% exportadas para EUA e Ásia. Desta vez, ele apresenta a coleção Pangëa de mesas com as mesmas pedras e reforça o manifesto realizado durante a mostra de decoração. “Não somos mais colônia, precisamos parar de mandar para fora do país as nossas riquezas naturais”, diz Jeferson.
A valorização do Brasil e suas potencialidades é uma questão visível no trabalho criativo do arquiteto, explorado justamente na escolha dos materiais e produtos que ele utiliza para dar forma às suas ideias. Foi assim para a CasaCor SC e agora com o lançamento da coleção, inspirada no fenômeno que aconteceu há 335 milhões de anos. As peças resgatam esse passado para que o presente seja compreendido e o futuro construído com mais consciência. As mesas serão vendidas por encomenda.
“Cada cliente poderá escolher sua pedra preferida entre a mineira Red Fire ou a baiana Cocadablu, e então desenho a peça com exclusividade contando com as peculiaridades do desenho único de cada fragmento da rocha”, explica Jeferson sobre o método de criação dos tampos que são geometricamente pensados como consequência do throwback de 335 milhões que dividiu o que era Pangëa nos continentes da Terra.
“Tem-se notícias da utilização das rochas desde os primórdios da humanidade e a conexão do homem com a pedra se estendeu e estreitou por todas as civilizações conhecidas. Hoje ainda é um material rico em possibilidades de formatação e utilização, mas, sobretudo, rico em história. Então por que não deixar no Brasil as nossas rochas com uma beleza ímpar fruto da metamorfose de milênios?” indaga Jeferson sobre a importância que dá à sua matéria prima.
As mesas Pangëa são exclusivas no recorte do tampo, que mede 50cm x 50cm em média, e na cor do fragmento da pedra, já que cada uma é única na natureza. Elas tem pé cônico em aço carbono preto e podem ter 50cm ou 70cm de altura.
Aos 27 anos, o arquiteto Jeferson Branco tem duas participações em CasaCor SC, a primeira ainda estudante, como resultado do primeiro lugar no concurso nacional de novos talentos da DECA onde apresentou um projeto de banheiro para público sem gênero, e a segunda em 2021 com o ambiente “Meu coração queima”. Arquiteto e urbanista, formou-se em 2018 pela UNIVALI de Balneário Camboriú, tendo recebido menção honrosa no concurso ProjetEEE, do Ministério do Meio Ambiente, que buscava soluções passivas de conforto térmico e acústico em diferentes climas pelo Brasil. Em 2015 através do Programa Ciência Sem Fronteiras, cursou dois semestres da faculdade na California Baptist University, em Riverside, Califórnia (EUA), e estagiou no escritório D-Scheme Studio, em San Francisco, por quatro meses. Atualmente, é fundador do escritório Jeferson Branco Arquitetura, que tem sede em Itajaí, e atende clientes em SC, SP e EUA.
Fonte: com assessoria de imprensa.