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Simone Bobsin

Jornalista, editora do ArqSC, atua com produção de conteúdo, evento, mailing no campo da arquitetura, do design e da arte. Desenvolve projetos coletivos de arte tendo como interesse as relações entre corpo, tempo, a paisagem construída e a paisagem natural.

Ações marcam centenário de Harry Laus

.Harry Laus Foto Divulgação Acervo NPedroso
Harry Laus. Foto Divulgação/Acervo NPedroso

atualizado em 11/04 – Dando continuidade ao programa Homem Plural – 100 Anos de Harry Laus que celebra os 100 anos de nascimento do intelectual e artista, dia 12, às 18h, acontece o segundo dos quatro encontros planejados. A ótica desta vez é a família com a presença de dois sobrinhos e um sobrinho-neto que irão trazer recortes inusitados sobre o homenageado. Beto Laus, Cesar Laus e Alemão Bayer, nome de Ildefonso Bayer Reichmann, estimulam o bate-papo com o público revisitando as singularidades do convívio, da vida e da obra de Laus. A mediação desta conversa será feita por Marcello Carpes, formado em licenciatura em artes visuais (Udesc), vice-presidente da Associação de Produtores e Arte Educadores em Cultura Urbana de Florianópolis (Apaecuf), gestão 2019-2023.

O encontro acontece na Sala Lindolf Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis (SC). Além deste, a ação segue nos dias 19 e 26 de abril, no mesmo local e horário com outras abordagens sobre a vida e trajetória do jornalista, escritor, crítico de arte e gestor de museus.


Harry Laus deixou saudade pela enorme contribuição ao campo cultural de Santa Catarina! Fazia pouco tempo que eu tinha chegado na Ilha para trabalhar no Diário Catarinense quando tive a oportunidade de acompanhar o seu trabalho à frente do Museu de Arte de Santa Catarina. Um trabalho potente que deixou boas lembranças e desejos de retomada da pujança do museu como naquele tempo.

Neste mês de dezembro Harry Laus faria 100 anos. Para homenageá-lo, foi criado o programa Homem Plural – 100 Anos de Harry Laus –, a ser realizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis (SC), dia 7, às 18h. Além deste encontro, a ação ganha continuidade em 2023 nos dias 12, 19 e 26 de abril.

O aniversário do jornalista, escritor, crítico de arte e gestor de museus será marcado por convidados e discussões presenciais que pretendem alinhavar memórias e análises sobre a amplitude do legado deste tijucano, nascido em 11 de dezembro de1922. Seis instituições estão envolvidas neste tributo: Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Masc, Museu da Imagem e do Som (MIS), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os painéis ocorrerão no Espaço Claraboia, no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), e a sessão de filmes, na sala de cinema Gilberto Gerlach, no CIC.

O primeiro encontro e bate-papo com o público, na sala de cinema Gilberto Gerlach entrelaça o cinema e os arquivos, uma faceta do homenageado que tinha o hábito de tudo documentar e listar. Ronaldo dos Anjos, diretor de cinema e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) são os convidados. Será exibido antes das falas, na sala de cinema Gilberto Gerlach, “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, vídeo de um minuto, feito para o Festival do Minuto. “O Santo Mágico”, curta-metragem de 35mm de Ronaldo, baseado na novela de Laus escrita em 1982, foi rodado em 2002, com locações em Porto Belo, Biguaçu e Florianópolis. No elenco, em destaque estão Sérgio Mamberti, Édio Nunes, Werner Schünemann e Giovana Gold. Selecionado para o 14º Festival Internacional de São Paulo e para o 27º Festival Guarnicê de Cinema, o filme integrou o 8º FAM, no qual conquistou uma menção honrosa. “O Santo Mágico” é o primeiro de uma trilogia místico-cinematográfica inspirada na literatura catarinense que segue com “Astherus” (2012) e fecha com “O Demônio e as Margaridas” (2016).

O evento conta com uma comissão organizadora composta por Maria Helena Barbosa, Maria Teresa Collares, Néri Pedroso, Patrícia Amante e Susana Bianchini.

Programação

7.12.2022, 18h – Laus no Cinema e Os Arquivos

Convidados: Ronaldo dos Anjos, com exibição do filme “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da UFSC.

12.4.2023, 18h – Vida e Obra – Um Breve Perfil Biográfico

Convidados: César Laus e Egeu Laus (a confirmar)

19.4.2023, 18h – Laus na Gestão do Museu de Arte de Joinville (MAJ) e no Masc

Convidados: Maria Teresa Collares, sucessora de Laus na administração do Masc, Onor Filomeno – ex-diretor das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) e Loro – Lourival Pinheiro de Lima, artista visual.

26.4.2023, 18h – Literatura e Crítica de Arte

Convidados: Sandra Makowiecky, presidente da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA) (a confirmar) e Joca Wolff, professor de literatura na UFSC, que faz uma abordagem do Laus como escritor.

Sobre Harry Laus

Jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus, natural de Tijucas, vive a infância em uma família de escritores e artistas. Homem de diferentes atributos, serve o Exército brasileiro de 1946 a 1964, sendo transferido para a reserva no posto de tenente-coronel. Nos anos em que mora no Rio de Janeiro e São Paulo, tem intensa atividade jornalística, escrevendo sobre arte em veículos como o “Jornal do Brasil” e as revistas “Veja” e “Senhor”, e priva da amizade de artistas e intelectuais renomados. Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil, retorna ao Estado em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do país, carreira iniciada em 1961. Atua nos jornais “A Notícia” e “Diário Catarinense”.

Atua como diretor do Museu de Arte de Joinville (1980/82) e do Museu de Arte de Santa Catarina (1985/87 e 1989/92) em períodos de efervescência cultural no Estado. Integra a Associação Brasileira dos Críticos de Arte e a Associação Internacional dos Críticos de Arte.

Como escritor publica 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na França, se consagra com “Monólogo de uma Cachorra sem Preconceitos”, “As Horas de Zenão das Chagas” e “Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreve o “Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, valiosa fonte de pesquisa.

Promove panoramas, retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que faz questão de levar para outros Estados do Brasil. In memoriam, é homenageado em 1993 ao dar o seu nome à uma sala especial climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebe a Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa.

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