“Conexões Viscerais” é o título da exposição das artistas Gabriela Goulart e Paula Schlindwein, que trabalha o encontro entre a força das mulheres. São 14 aquarelas cujo protagonismo das obras está na presença feminina, permeada de fugacidade e ao mesmo tempo empoderamento, marca que expressa as pinceladas de ambas as artistas e cria uma conexão entre elas.
Dessa identificação nasceu a amizade, que teve início em uma edição da FAF (Feira de Artes de Florianópolis) e acendeu a fagulha de uma exposição coletiva entre as duas. A concretização veio em seguida quando o Tralharia abraçou a parceria. A casa já foi palco de eventos voltados às mulheres e ao feminismo.
As obras celebram a figura feminina em manifestações de desejos, perdas, e transfigurações. Trata de uma trama narrativa que antes de dar voz a personagens específicos, engloba ações, sintonias e epifanias. Aparições de várias mulheres em uma única e ao mesmo tempo múltipla conexão.(com assessoria de imprensa).
Serviço
O quê: Exposição “Conexões Viscerais”, de Gabriela Goulart e Paula Schlindwein.
Quando: visitação gratuita até 03 de agosto
Onde: Tralharia – antiquário, bar, café (Rua Nunes Machado, 104, Centro, Florianópolis)
Sobre as artistas:
Gabriela Goulart é natural de Florianópolis. Descobriu a paixão pela arte na juventude. Autodidata, não parou com os rabiscos e em 2013 surgiu a primeira coleção, intitulada “Ninfas”. Um dos desenhos da série foi parar na segunda edição do fanzine: A Carta, dando início ao processo de engajamento na arte. Já publicou ilustrações do Jornal Notícias do Dia, ministrou oficinas, expôs em diversos espaços culturais da cidade. Traz o tom político da militância feminista para suas obras, o que também abriu portas para envolvimento com a arte urbana. Dentre as técnicas utilizadas estão: tinta à óleo, acrílica, guache, aquarela, caneta bic, colagem e xilogravura.
Paula Schlindwein é natural de Urussanga, mas radicada em Florianópolis desde a adolescência. Pós-graduada em Arte e Educação, vem atuando na área de Artes visuais desde 2010. Cresceu em meio aos desenhos e na procura de uma identidade própria, faz de cada trabalho uma busca incessante e silenciosa pela forma, luz, cor e harmonia, denunciadas através do aprimoramento de sua técnica e da solidificação da expressão artística madura e verdadeira. A paixão pela figura humana, particularmente por retratos femininos, existe desde o início do seu trabalho. Com ateliê em Florianópolis, a Catarinense participou de quatorze exposições individuais e vinte e duas exposições coletivas. Além de Feiras como a FAF – Feira de Artes de Florianópolis. Possui no currículo muitas obras no Brasil e no exterior. De um modo geral as técnicas utilizadas são: Tinta à óleo, acrílica, nanquim, aquarela, guache, colagem e bordado.
Depoimentos das artistas sobre o trabalho e a relação com o universo feminino, feminismo e empoderamento das mulheres:
Paula Schlindwein:
“Busco na arte a unidade das dores e das belezas de ser mulher, a análise e a desconstrução das relações, em um mundo onde o nosso desempenho de feminilidade é o que nos valida e o nossos direitos são usurpados de nós. O feminismo no contexto da minha arte representa a ruptura de antigos padrões, e a busca da minha própria identidade. Em sintonia com os desafios atuais do feminismo, eu procuro instigar um renovado estranhamento crítico no espectador, e uma alargada reflexão”.
Gabriela Goulart:
“Acho que o momento em que vivemos pede urgência para que os temas ligados às questões de gênero sejam discutidos. Mais do que empoderar as mulheres, eu busco em meu trabalho a libertação feminina”.