A Companhia de Dança Lápis de Seda e Cláudia Passos voltam a apresentar em Florianópolis, no palco do Teatro Ademir Rosa, em 24 e 25 de janeiro, às 21h, a montagem Será que É de Éter?. O programa reforça a agenda cultural da temporada de verão de Florianópolis e pretende ampliar o número de espectadores com relação ao projeto que propõe reflexões sobre dança contemporânea, memória e diferença. A partir de um corpo visível na representação de si próprio, o grupo opera uma construção discursiva e social sobre a arte do movimento e da música.
Com a complexidade de um espetáculo com música ao vivo, Será que É de Éter? aproxima música, dança contemporânea e o desejo de homenagear o consagrado cantor e compositor Chico Buarque. Valsinha, Baioque, Olê, Olá, Samba de um Grande Amor, Flor da Idade, Essa Moça, Meu Guri, As Vitrines, Rosa dos Ventos, Lola,Tanto Amar, Beatriz, Cotidiano, Últi
Com 17 pessoas no palco, o elenco se compõe de Luiz Gustavo Zago, que faz a direção musical e se apresenta no piano, Iva Giracca, no violino, Felipe Arthur Moritz, com sax e flauta, Dudu Pimentel no violão e guitarra, Leandro Fortes no violão e bandolim, e Alexandre Damaria, na percussão. Com um CD gravado (Mar à Vista), a intérprete Cláudia Passos é carioca, mas escolheu Florianópolis para morar. Inserida no circuito musical de Santa Catarina, divide a agenda profissional entre o Rio de Janeiro e a capital catarinense. Entre as duas cidades, participa ativamente de apresentações e shows.
O projeto, que contempla criação e circulação da montagem, tem o incentivo do Ministério da Cultura via Lei Rouanet e o patrocínio da empresa Cateno. E conta com o apoio do governo do Estado de Santa Catarina, através daSecretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte e da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
A companhia
Corpo, diferença, política de inclusão, independência artística e construção identitária são palavras-chave para a Companhia de Dança Lápis de Seda. Idealizada pelo Baobah Novas Formas de Inteligência em 2014, em Florianópolis (SC), aposta na valorização das diferenças individuais.
Sob a coordenação da diretora artística Ana Luiza Ciscato, Lápis de Seda reúne dez bailarinos com diferentes capacidades e formações. Jovens e adultos, 60% são considerados com deficiência intelectual e/ou motora e 40% sem deficiência. A faixa etária se situa entre 20 e 50 anos.
Com recursos obtidos por leis de incentivo à cultura, o grupo apresenta as coreografias Convite ao Olhar, já visto em oito cidades de Santa Catarina e cinco capitais brasileiras, e Será que É de Éter?, com circulação em Florianópolis e Blumenau (SC) em novembro de 2017.
Cada integrante é parte fundamental do processo criativo, contribui a seu modo para a composição dos trabalhos. A direção aproveita as múltiplas experiências dos bailarinos que abrangem o balé clássico, a dança contemporânea, a afro, a técnica de danceability e o teatro.
A companhia faz apresentações em teatros, espaços fechados e ao ar livre. Busca ampliar as ressonâncias das ações pois também quer discutir a cidade, incorporar a tensão entre arte e vida, com representações que enfocam as relações existentes entre os espaços e os fluxos existenciais. A Arte Movimenta, realizadora do projeto patrocinado pelo Ministério da Cultura e Cateno, através da Lei Rouanet, coordena a Lápis de Seda. Instituição do terceiro setor, ela foca no desenvolvimento humano, comprometida com propostas coletivas de cunho criativo e concepção identificada com os princípios da economia criativa. Incentiva a arte desde 2005, sempre com temas comunitários e conteúdos capazes de provocar transformações socioculturais.
Sinopse: Será que É de Éter?
A partir do universo criativo de Chico Buarque, mestre na arte de enaltecer o homem comum, o espetáculo contrapõe a imagem de uma multidão de faces anônimas e individualidades perdidas. Na jornada da Lápis de Seda, a permanente busca das diferenças. Em vez da negação, a evidência; em vez da ocultação, a valorização. Ao invés das semelhanças, a descoberta de outros lugares de aceitação, a crença de formas singulares de convivência coletiva, o desejo de pertencimento e de encontro com o sem igual. Criação coreográfica colaborativa, a partir de movimentações trazidas pelos bailarinos, a partilha de vida e cotidiano carregados de inquietações e poesia, a revelação de como se enquadram anonimamente na multidão e se libertam das amarras por meio da dança. Com expressivos músicos e a interpretação de Cláudia Passos, a experiência quer a potência daquilo que está além de cada um, ou seja, uma possível expansão de novos significados.
Equipe técnica
Será que É de Éter? (1h)
Direção geral e coreografia: Ana Luiza Ciscato
Direção artístico musical e intérprete: Cláudia Passos
Direção musical e arranjos: Luiz Gustavo Zago
Coordenação geral: Arte Movimenta
Produção executiva: Neiva Ortega
Bailarinos: Ana Flavia Piovezana, Aroldo Gaspar, Deivid Velho, Fabiana Marques, Gabriel Figueira, João Paulo Marques, Maura Marques, Paulo Soares, Ramon Noro, Roberta Oliveira e Silvia Gevaerd (bailarina estagiária)
Banda: Luiz Gustavo Zago (piano), Iva Giracca (violino), Felipe Arthur Moritz (sax, flauta), Dudu Pimentel (violão e guitarra), Leandro Fortes (violão e bandolim) e Alexandre Damaria (percussão)
Iluminação/cenotécnico: Hedra Rockenbach
Figurinista: Gabriela Bosco Dutra
Sonorização: Juarez Mendonça Jr.
Fotografia e vídeo: Cristiano Prim
Projeto gráfico e criação de máscaras: Ramon Noro
Assessoria de imprensa: Néri Pedroso
Serviço Florianópolis
O quê: Será que É de Éter – Cia. Lápis de Seda – Claudia Passos e Convidados
Quando: 24 e 25.1.2018, 21h
Onde: Teatro Ademir Rosa, av. Gov. Irineu Bornhausen, 5.600, bairro Agronômica, Florianópolis, tel.: (48) 3664-2685 (bilheteria)
Quanto: R$ 20 / R$ 10 (meia)
Apoio: Governo do Estado de Santa Catarina/Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte/Fundação Catarinense de Cultura.
Realização: Arte Movimenta
Patrocínio: Ministério da Cultura e Cateno
Saiba mais:http://www.lapisdeseda.co