O Brasil é um mercado promissor para a DuPont, fabricante do corian, um material de superfície sólida, não poroso, composto de resina acrílica e minerais naturais. O produto é usado principalmente em interiores como opção para projetos personalizados. Santa Catarina é referência nacional através da processadora premium Infinita Surfaces, que tem impressionado os diretores da empresa americana pela qualidade e criatividade do design. Nesta entrevista concedida à jornalista Luciana de Moraes, Leandro Rosa, Gerente de Vendas para América Latina, fala sobre a vinda do diretor geral John Richard pela primeira vez ao país, o trabalho da empresa catarinense que ocupa o primeiro lugar em vendas no Brasil, garantindo a retomada do crescimento, e a meta de transcender a cultura do uso da pedra no mercado.
O que o Brasil representa para o mercado da DuPont?
Leandro – O Brasil representa um dos mercados mais promissores para a DuPont Corian tanto pelo fato de ser um mercado ainda em desenvolvimento para o corian como também o potencial que nós temos. Hoje temos uma cultura de pedra no mercado, então o que o corian é capaz de entregar para os clientes, designers e arquitetos como solução criativa é único e não há uma comparação com outros materiais que existem. Isso possibilita que o corian e empresas como a Infinita, que são dedicadas a garantir que a criatividade, o desenho dos profissionais, o desejo dos clientes possam ser cumprido através desse material, o corian.
Há quanto tempo o corian chegou no Brasil?
L – Há mais de 20 anos, até hoje é muito forte no setor residencial, garantindo que cozinhas, banheiros, lavabos, lavanderias fossem habilitadas com o corian. Mas recentemente estamos trabalhando bastante forte com segmentos comerciais como a saúde, hospitais, hoteis, alimentação, restaurantes. É uma estratégia dos últimos cinco anos.
Qual a expectativa de crescimento para este segmento corporativo nos próximos anos?
L – Acreditamos que o potencial que já atacamos no residencial, ainda tem muito por crescer, assim como nos segmentos comerciais, sem dúvida nenhuma, se não igual com potencial até maior do que o residencial.
Como a marca sentiu a crise no Brasil esse ano?
L -Sentimos desde o final do ano passado e no início deste ano uma redução bastante grande da atividade econômica. O que nós fizemos foi garantir que os principais players, principais posicionamentos fossem mantidos, apesar da dificuldade, para quando o ambiente comercial começasse a melhorar, nós pudéssemos aproveitar o mais rápido possível essa retomada. E é o que estamos sentindo de forma muito clara neste final de ano. Passada parte da instabilidade, nós estamos tendo uma retomada bastante interessante e positiva no mercado.
Encabeçada por SC por meio da Infinita, que ocupa o primeiro lugar em vendas no Brasil?
L -Santa Catarina, São Paulo, as duas principais, Rio de Janeiro na sequência. Mas Santa Catarina tem um trabalho muito bem feito pela Infinita, que, com certeza, garante essa velocidade na retomada do crescimento.
E sobre a vinda do John Richard para Santa Catarina, qual foi o objetivo?
L – O John é nosso diretor global para o produto na DuPont. A vinda dele foi para conhecer o mercado brasileiro (foi a primeira vez que ele veio ao pais). A ideia é demonstrar como hoje fazemos negócio no Brasil e também para conhecer os melhores expoentes do nosso produto, do tipo de fabricação e como ele chega ao mercado.
O que o John Richard achou da visita a Infinita Surfaces, processadora premium de SC?
L – Ele está impressionado com a qualidade do desenho muito em linha com outros locais do mundo, Europa principalmente. Um pouco na Ásia, que chamamos de design criativo junto com o nosso produto de uma forma totalmente inovadora.
A criatividade do brasileiro está chamando a atenção da DuPont?
L – Sem dúvida, a capacidade do Brasil de gerar e absorver esse design está sendo uma das gratas surpresas.
Qual a diferença do uso do corian dos EUA e Brasil?
L – Há uma diferença muito grande entre EUA e América do Sul, que acaba se assemelhando muito à Europa. Então Europa e América do Sul vão numa pegada muito forte de design, não só funcionalidade, de ser um tampo de cozinha, um tampo de lavabo, mas também ter design. Os EUA é onde começou o corian, é um produto bastante conhecido, já difundido, é o material que as pessoas primeiramente irão usar nos ambientes – como cozinha -, antes até da pedra.