A Bienal Internacional de Curitiba 2017, que celebra 24 anos, inaugura dia 30 de setembro, no Museu Oscar Niemeyer, sob o título “Antípodas – Diverso e Reverso”, concebido pelo curador Tício Escobar. Mas vai muito mais longe sua abrangência física. Além de ocupar o MON e outros locais da capital paranaense, acontece também em Florianópolis, onde serão realizadas duas mostras: “Antípodas Contemporâneas”, no Museu da Escola Catarinense (MESC), e “Fotografia – seus sistemas híbridos e fronteiriços”, na Fundação BADESC. As exposições reúnem 57 artistas catarinenses ou com produção no Estado.
A curadoria é integrada por Francine Goudel, doutoranda em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Juliana Crispe, pesquisadora e pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UDESC; e Sandra Makowiecky, professora de Estética e História da Arte na UDESC e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, e membro da Associação Internacional de Críticos de Arte – Seção Brasil Aica UNESCO.
No Memorial de Curitiba também tem representante de Santa Catarina. O artista Jairo Valdati apresenta o projeto “Hovenia Dulcis”, um estudo sobre uma árvore que veio da China e se adaptou no Brasil, em especial no Estado. A abertura será dia 1º de outubro.
A edição da Bienal deste ano faz uma homenagem à China, que irá expor obras de artistas do país em diversos locais de Curitiba, trazendo a produção significativa nas artes plásticas do gigante asiático.
Diversidade
Segue um pequeno trecho do texto do curador da Bienal, Tício Escobar: “A Bienal de Curitiba 2017 adota o tema da diversidade como um ponto de referência para ativar questões e imagens sem restringir os conceitos ou procedimentos empregados pelos artistas. Assim, o título não fixa um tema ou motivo: ele aponta uma abordagem característica da atualidade que busca gerar sinergia entre obras profundamente díspares e divergentes em suas propostas.
O tema da bienal remete a diferentes ideias de diversidade, confronto, antinomia e coincidência em um mapa-múndi continuamente polarizado e simultaneamente forçado à homogeneização globalizante. As exposições trabalham a diferença geográfica e cultural entre o leste asiático da China e seu antípoda, o Cone Sul da América Latina, pontos extremos do planeta. Mas como qualquer figura levantada no âmbito artístico, a das antípodas convertem-se em metáfora de inúmeras conexões entre vários outros países do mundo que sempre têm seus próprios antípodas; isto é, ocupam um lugar extremo em relação a outro. A metáfora, sempre escorregadia, também pretende opor posições no plano da técnica e dos conteúdos diversos, enfrentados ou aliados entre si. A bienal permite a possibilidade de traçar diferentes constelações entre estes mundos que se distanciam e se aproximam, que se cruzam e se ajustam em diferentes ocasiões e lugares”.
Bienal Internacional de Curitiba – Polo SC
“Antípodas Contemporâneas”
Artistas: Sérgio Adriano H, Susano Correia, Fran Favero, Raquel Stolf, Janaina Schvambach, Jairo Valdati, Juliana Hoffmann, Lela Martorano, Dirce Körbes, Fê Luz, Priscila dos Anjos, Cássio Markowski, Diego de los Campos, Karina Zen, Rodrigo Cunha, Janor Vasconcelos, Glaucia Olinger, Jandira Lorenz Silvana Macedo, Itamara Ribeiro
Abertura: 30/09 às 17h sábado
Período de exposição: 30/09 a 13/11
Local: Museu da Escola Catarinense – Rua Saldanha Marinho, 196. Centro. Florianópolis
Horário: De segunda a sexta 13h às 19h, Sábado das 10h às 16h