Entrevista publicada originalmente no anuário impresso ArqSC 10ª edição.
Arte e arquitetura sempre acompanharam a trajetória de Maria del Pilar Fedele de Carlevaro, que durante um curto período manteve escritório com o marido Yamandú Carlevaro, em Montevidéu (clique para acessar entrevista com o arquiteto). Pilar, como é chamada, conta que trabalhava rodeada de crianças, três filhos seus e três da amiga com quem dividiu um ateliê de arquitetura no Brasil. “É uma linda forma de trabalhar”, diz com largo sorriso no rosto, afirmando: “Eu coloquei a família na frente da arquitetura”.
No entanto, a arquiteta de 81 anos nunca deixou de atuar ativamente nos campos da arte e da arquitetura. Durante o período que residiu em Porto Alegre, de 1970 a 1974, foi proprietária da Galeria de Arte Quasar. Já em Florianópolis, na década de 1980, Pilar apostou numa experiência diferente ao inaugurar a Galeria de Arte Victor Meirelles nas dependências do tradicional Clube Doze de Agosto. “Era uma maneira de incentivar a arte.
Algumas pessoas na época indicaram o Clube Doze para abrir a galeria porque era o centro social da cidade”,
recorda. A galeria durou dois anos apenas. “Foi um sucesso do ponto de vista social, mas um desastre do
ponto de vista das vendas porque ninguém comprava nada, era um evento social”, diz Pilar que trabalhava
com artistas locais e nacionais da arte.