As kokedamas marcaram a produção criativa do arquiteto e artesão Gilberto Gomes ao circularem em mostras de decoração e no Nomad Mercado, em Florianópólis. Ele ainda produz, mas o destaque nesse momento são as cerâmicas, que ele conheceu antes das kokedamas, quando fez aula na Escola de Oleiros, em São José, e descobriu esse patrimônio material. “Vi que tinha potencial para trabalhos manuais”, conta Gilberto. Em 2013, quando entrou para a Faculdade de Arquitetura, abandonou a cerâmica temporariamente. “A faculdade me ajudou a depurar o desenho”, revela.
Depois de se formar, passar um tempo no Rio de Janeiro, voltar para Floripa com a pandemia, decide retomar a produção. Como ele não tinha dinheiro para comprar um forno de alta temperatura, queimou pequenas peças na fogueira. Um dos trabalhos – um painel de parede – foi visto por Adriana Frattini, diretora de estilo da Casa Vogue, que convidou Gilberto para participar da Design Weekend em 2020. Foi um estímulo e uma vitrine para continuar produzindo sem parar – ele tem peças à venda em loja em SP e Balneário Camboriú.
Os utilitários publicados nesse post são da coleção inspirada no modernismo brasileiro e as peças levam nome de artistas modernos: garrafas Segall, Milliet, Lina, xícaras Rio. Atualmente, Gilberto mora em Governador Celso Ramos, em Santa Catarina, está construindo um ateliê com fornos elétrico e a lenha, e irá receber as pessoas para participarem de experiências no local.
Encontramos as peças de Gilberto no ambiente [meu.coração.queima], de Jeferson Branco, e ATrajetóriah! de Vanessa Buonomo e Gabriela Bosco Dutra, na Casa Cor Santa Catarina.