Neste sábado (04/06) o Museu da Casa Brasileira – MCB está com uma programação especial, a partir das 11h.
“Leonardo Finotti: Rio Enquadrado”
Apoio: Hotel Emiliano, LAMA SP, Estúdio Logos
As construções remanescentes de casas e sobrados, antes típicas da cidade de São Paulo e hoje substituídas por altos edifícios, são reveladas na mostra Antes que acabe, que reúne desenhos do artista plástico e antropólogo João Galera. Com inauguração no dia 04 de junho, às 11h, com entrada gratuita, a exposição inicia a série Desenhando a cidade, realizada pelo Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
A série pretende apresentar uma variedade de registros da cidade de São Paulo a partir de diversas expressões de desenhos feitos por artistas, arquitetos e designers, que observam e analisam a cidade e a representam através de desenhos, ilustrações e outras composições. “Nossa ideia no Museu é oferecer ao público uma diversidade expressiva de diferentes aproximações e leituras da cidade, ampliando o repertório de registros sobre a rica complexidade urbana de São Paulo. Há muitos trabalhos bons nesse sentido, como os desenhos da Carla Caffé, Juliana Russo, Paulo Von Poser, entre tantos outros”, comenta o diretor técnico do MCB, Giancarlo Latorraca. Os desenhos de João Galera, em nanquim sobre papel, resgatam iconograficamente as casas como o símbolo da resistência paulistana contra transformações da cidade ocorridas com a chegada dos prédios e das novas dinâmicas urbanas.
Tipologia, materiais e estilo variam conforme a época de construção das casas, o bairro, as condições sociais e também os moradores, que transformam sua moradia, criando identidades muitas vezes únicas.
É pelo registro das fachadas das casas que João Galera explora as evidências da vida privada nelas contida, observando elementos sutis como um vaso, uma planta, uma janela entreaberta ou outros detalhes do cotidiano. Aspectos construtivos típicos, como as janelas voltadas para a rua, a geometria de arcos na entrada, colunas pequenas, grades, chão de cacos vermelhos, reforçam o caráter de elemento cultural outrora usual na cidade, como um registro individual de seus moradores, marcas que se extinguem no anonimato dos grandes conjuntos edificados pela especulação imobiliária. Nesse sentido, a sobrevivência da imagem dessas casas ganha um caráter de resistência e de preservação da memória.
Sobre o artista
Com formação em antropologia, o artista plástico João Galera explora o desenho, a pintura, a colagem e a costura. Nascido no Paraná, intensificou seu trabalho artístico no México, quando fazia doutorado em Antropologia de Iberoamérica e estudava a comunidade indígena Sicuicho. João começou a desenhá-los, e foi chamado para fazer o mural de uma pré-escola. Participou de exposições coletivas e individuais no Brasil, Estados Unidos e México.
Oficina educativa “Desenho e encadernação”
O Museu da Casa Brasileira realiza a oficina “Casinha” e a oficina de desenho, que integram o programa educativo Uma Tarde no Museu. Com inscrição gratuita, os encontros acontecem no dia 27 de fevereiro, às 13h e 14h30, e fazem parte da programação especial de abertura da exposição“Design Holandês hoje: objetos que indicam a casa de amanhã”.
As inscrições têm vagas limitadas e podem ser feitas por e-mail (agendamento@mcb.org.br) ou telefone (11) 3026-3913/ 3032-3727. A programação é recomendada para crianças a partir de 5 anos, e os menores de 12 anos devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis.
O Educativo MCB propõe práticas que articulam o olhar, o fazer e o pensar. Queremos que os visitantes assumam o papel de investigadores, pesquisando os conteúdos que o museu oferece em uma perspectiva contemporânea. A ideia é criar desafios para que os participantes das atividades educativas levantem questões a partir de suas próprias experiências e descubram novos sentidos ao relacionar a visita ao MCB com suas vidas.
Visitas em grupos – em geral, instituições de ensino e sociais podem ser agendadas previamente. A duração é de aproximadamente uma hora e meia. Grupos com mais de 25 pessoas são divididos em duas turmas. Visitas espontâneas podem ser realizadas individualmente ou em grupo.
Fonte: Museu da Casa Brasileira