O livro “Hassis, seus amigos e eu” é uma coletânea de obras de arte em forma de box, em que os leitores vão encontrar diferentes trabalhos de Hassis e outros artistas. “O diferencial do livro é o fato de ser um jogo interativo onde o leitor é convidado a participar através de perguntas instigadoras a fazer arte”, explica a autora, Monique Fonseca, que convidou importantes nomes da arte catarinense para participarem da publicação. O lançamento é dia 25 de outubro, às 19h, na sede da Fundação Hassis (Rua Luiz da Costa Freysleben, 87, no bairro Itaguaçu, em Florianópolis). O projeto foi desenvolvido através do Programa de Incentivo à Cultura (PIC), da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e conta com o patrocínio da Santa Apolônia Hospitalar.
Luciana Paulo Corrêa, presidente da Fundação Hassis e uma das filhas do artista, comenta que ‘“o encantamento pela proposta do livro ‘Hassis, seus amigos e eu’ foi por vislumbrar a possibilidade de trazer à tona a multiplicidade de linguagens da obra do Hassis no olhar de outros artistas”. Para essa proposta de interação com as obras de Hassis foram convidados: Bruno Barbi, Cássia Aresta, Cazão (Sérgio Casalecchi), Denilson Antonio, Denise Becker, Fabio Dudas, Fernando Zenshô, Fran Favero, Ignore Por Favor, Ivan Jerônimo, Juliana Hoffmann, Kelly Kreis, Lese Pierre, Olavo Kucker, Patricia Di Loreto, Ricardo Ramos, Susana Bianchini, Tercília dos Santos, Tércio da Gama e Zá Szpigel.
Na apresentação da publicação, o jornalista Carlos Moura conta que “este não é um livro, segundo o conceito de livro. Trata-se mais de um convite. É como se o Hassis, em seu ateliê, tivesse convidado esses 20 artistas para conversarem sobre suas obras. Como se ele, em pessoa, propusesse uma provocação aos convidados: ‘Como vocês veriam esse meu quadro, pintura, escultura, colagem, fotografia? Como vocês reagiriam não só à obra que proponho, mas ao estímulo que me fez eternizar isso que vocês estão vendo?’”
“São 20 artistas, ressignificando obras que já estão lá, prontas, acabadas… ou não? Afinal, pra quê serve a arte? Para traduzir, explicar, confundir, provocar? Ao fim e ao cabo, serve sempre para despertar um sentimento qualquer, seja inquietude, calma, bem-estar, emoção”, escreveu Carlos Moura. “O objetivo final da arte é emocionar. No sentido lato do termo. Mas mais que tudo a arte serve para deflagrar diálogos, despertar da letargia, inquietar. Serve a um propósito básico, seja qual for a forma: abrir a possibilidade do diálogo”, reflete o jornalista, na apresentação.
Moura também adianta que o livro propõe uma conversa entre Hassis, sua obra, os artistas reunidos e a pessoa que vê a publicação. Na opinião do jornalista, a obra é “um diálogo entre diferentes pessoas, diferentes fazeres, modos de vida, visões de mundo e emoções despertadas através dos olhos. Um diálogo onde a diversidade é bem-vinda e – mais que tudo – necessária. Então entre, sente, abra o coração e converse com a gente.”
Monique Fonseca, a autora do livro, é ilustradora, autora e educadora. Colabora com projetos culturais e educacionais ligados a instituições de arte em Florianópolis e São Paulo. Foi ateliêrista por 30 anos, graduada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Atualmente é Coordenadora Artística e propositora dos cursos e oficinas da Fundação Hassis.
O Artista
Hiedy de Assis Corrêa – o Hassis, era natural de Curitiba (PR) e veio para Florianópolis com pouco mais de dois anos de idade. Começou a demonstrar sua criatividade desde a infância, quando se empolgava com as revistas em quadrinhos, seus movimentos, formas e cores. Mas foi em 1948 que, através do convite de seu professor de português, o artista deu início à sua carreira ilustrando o conto “Flores” e a capa do livro “Terra Fraca”.
Toda a evolução plástica de Hassis aborda seus registros de infância, situações do cotidiano, as marinhas, os temas sociais e sempre o folclore ilhéu, os lugares e personagens da terra catarinense, onde viveu desde criança e também onde tornou-se personalidade destacada no contexto cultural. Por anos, fez a decoração de Carnaval nos principais salões da cidade, sendo a mais tradicional a do Clube 12 de Agosto.
Dos diversos temas que abordou em sua obra, em murais, desenhos ou pinturas, apresentou em 1962 os 14 passos de sua Via Crucis, onde consegue expressar toda serenidade de Cristo no sofrimento do Calvário.
A Fundação
As filhas Leilah Corrêa Vieira, Luciana Paulo Corrêa e sua esposa Nazle Paulo Corrêa criaram em 2001 a Fundação Hassis, pouco depois da morte do pai, e assumiram a tarefa de manter viva a memória de Hassis, florianopolitano de coração que marcou a história das artes plásticas catarinenses com seu traço inusitado e sua técnica marcante. Falecido no início de 2001, Hassis deixou um vasto acervo de obras em diferentes suportes e estilos espalhadas pelo estado de Santa Catarina e pelo Brasil.
Fundação Hassis funciona na casa onde o artista viveu com sua família e onde também funcionava seu ateliê, no bairro Itaguaçu, em Florianópolis, onde também está instalado o Museu Hassis, que abriga grande parte do acervo, além de galeria de arte. O espaço é aberto ao público e promove exposições, palestras e lançamentos de livros.
A instituição se mantém através de doação, mecenato pessoal, mecenato empresarial, leis de Incentivo (municipal, estadual, federal), apoio cultural, adoção e patrocínios.
Para saber como colaborar, entre em contato pelo e-mail marketing@fundacaohassis.org.br ou pelo telefone (48) 98812-1036.
SERVIÇO
Lançamento do Livro “Hassis, seus amigos e eu”
Quando: 25 de Outubro, 19h
Onde: Fundação Hassis (Rua Luiz da Costa Freysleben, 87, bairro Itaguaçu, Florianópolis)
Fonte: assessoria de imprensa.