“Paisagem do Sertão” foi a linha de ladrilhos apresentada na exposição Temporal, na Semana de Design de Milão organizada pela Apex Brasil, uma parceria entre o RatoRói, estúdio de design com foco em novos materiais e produtos sustentáveis, e a arquiteta Nara Grossi, do escritório Gema Arquitetura, de São Paulo. O projeto foi finalista da 5ª edição do Ro Plastic Prize, apresentado na galeria Rossana Orlandi.
A coleção é feita com plásticos de embalagens diversas recicladas com o auxílio de cooperativas e recicladoras (cosméticos, produtos de limpeza, embalagens de transporte) e resíduos de botões da indústria de transformação ou estoque defasado de marcas, que são flocados e utilizados na blenda para dar o aspecto granulado para a peça. “O produto é uma forma de viabilizar uma rede de revalorização dos resíduos de botões que até então não possuíam valor comercial e seguiam para aterros sanitários. Com o produto, estamos construindo uma série de aprendizados, envolvendo vários atores, fechando o ciclo dos materiais através de um design mais circular e sustentável”, explica a designer Flávia Vanelli, co-fundadora da RatoRói.
Module
Module são placas produzidas a base de resíduos de denin (jeans) pós consumo, borracha natural e embalagens plásticas recicladas para a criação de mobiliário com diferentes modulações e combinações de desenhos, cores e texturas por meio de uma única peça estrutural. Um dos diferenciais estéticos do produto é explorar as qualidades do material através da iluminação.
O projeto de design circular é uma parceria entre o Estúdio Érico Gondim + RatoRói, realizado com cooperativas de catadores, com a plataforma Cotton Move e a empresa Therpol. O produto fez parte da seleção para o prêmio/exposição internacional Guiltless Plastic com curadoria da galerista Rossana Orlandi
Corrupio
A Linha Corrupio contempla luminárias, vasos e espelhos feitos 100% de plástico reciclado. Os produtos Corrupio são desenhados por Érico Gondim em collab com o Estúdio RatoRói e são licenciados pela Lovato, empresa especializada em móveis outdoor.
O projeto é baseado em recuperar o valor dos plásticos descartados pelo maior tempo possível, transformando-os em algo especial, útil e significativo. O material principal e o design são baseados em um simples, porém grande referência de upcycling incorporado na cultura brasileira, o Corrupio, um brinquedo feito por crianças utilizando apenas tampas de garrafas e cordões. A principal abordagem do Corrupio é ser um produto com valor positivo.
Faz uso de um novo material, resultante do beneficiamento de plásticos reprocessados industriais e domésticos, como sacolas plásticas e embalagens diversas. Um trabalho em parceria com associações, cooperativas e pequenas recicladoras no Brasil que vai em direção à transformação dos materiais e também à transformação social por meio do design.
Cada produto Corrupio é o resultado de um processo de design de fabricação de superfície feito em parceria com o Estúdio RatoRói. “O benefício do BYEPLASTIC, como o chamamos, é que se trata de um material cujo reprocessamento é feito com baixa tecnologia, não necessita de uma alta pressão de energia em relação ao reprocessamento e desenvolvimento de plásticos convencionais”, explica Flávia.
Fonte: com RatoRói.