A arquiteta e urbanista Maria Lúcia Mendes Gobbi abre nesta segunda (5/9) a exposição Por uma arquitetura sustentável. A mostra, que acontece no Espaço Cultural BRDE, convida o público a refletir sobre como o ser humano vive e interage com a natureza e como suas escolhas afetam ou se integram ao ambiente. As obras mesclam técnicas de desenho, pintura em acrílico e aquarelado em releituras de projetos arquitetônicos desenvolvidos na Europa e América do Sul. Em comum as construções retratadas apresentam o tema da sustentabilidade, otimizando recursos naturais de forma que o impacto ambiental seja mínimo.
Segundo Maria Lúcia, a arquitetura pode contribuir na construção de espaços mais harmônicos com o ambiente, mais preocupados com a integração do homem com seu meio natural. Seja na escolha das formas, do uso de materiais mais orgânicos e até no questionamento sobre a utilidade e a dinâmica do espaço. “Não é apenas olhar os quadros, mas também refletir sobre o que é sustentabilidade” comenta Maria Lúcia. “Projetar e construir são responsabilidades que precisamos repensar. Elas precisam refletir os nossos desejos e vontades para o mundo de hoje”, afirma.
Para provocar uma reflexão mais profunda e também incentivar o público a agir, a arquiteta convidou parceiros que trazem soluções para projetos sustentáveis. A Mostra vai trazer materiais ecológicos e ideias para redução do consumo e eficiência energética; “Arquitetura por si só já é a sustentabilidade, mas existe sempre algo mais que podemos apreender e quem sabe, começar agir”, afirma Maria Lúcia.
O visitante tem a oportunidade de conhecer iniciativas que poderá replicar em futuros projetos, ser apresentado a materiais orgânicos alternativos, ou até adaptar algumas ideias para sua rotina. Entre elas estão o minhocário caseiro, uma composteira doméstica onde se coloca o lixo orgânico gerado pela família em uma caixa com serragem e minhocas que transformam os resíduos em adubo. Outro material exposto é o bloco verde, elaborado por uma engenheira ambiental catarinense que usa cascas de ostras e mexilhões, resíduos de obras (como pó de porcelanato e de vidro), areia e cimento para formar um bloco mais barato e ecológico do que o bloco de concreto convencional. A placa fotovoltaica é mais uma das peças que o espectador poderá observar. Utilizando a tecnologia para a geração de energia limpa e sustentável, a placa é instalada em telhados, capta a energia do sol e a transforma em energia elétrica. Uma opção totalmente biodegradável para a construção de casas são os tijolos de adobe, que também estarão disponíveis para que o público conheça. Feitos a partir da mistura de terra, fibra e água, esses tijolos podem ser assentados na parede com argamassa de terra, formando uma alvenaria estrutural que suporta o peso do telhado ou de uma laje, e dispensa pilares e vigas de concreto armado. Outro material que estará exposto durante a mostra são bambus que podem ser utilizados de maneira versátil, tanto para confecção de mesas, cadeiras, estantes, biombos, corrimãos e forros, como para a sustentação de uma construção. Uma mostra de telhado verde também ocupará o Espaço Cultural BRDE, demonstrando a possibilidade de plantar nas coberturas de casas e edifícios, o que além de produzir um diferencial estético, também facilita a drenagem, fornece isolamento acústico e térmico e compensa parcialmente a área impermeável que foi ocupada para fazer a edificação.(com assessoria de imprensa)
Espaço Cultural BRDE
Avenida Hercílio Luz, 617, Térreo
(48) 3221-8000