Peças desenvolvidas pela Casa Z são impressas em 3D com plástico biodegradável
A impressão 3D já é utilizada dentro da indústria para a prototipagem, mas a Casa Z, empresa de Joinville, adotou um novo uso para a tecnologia: a criação de peças de design voltadas para a decoração. São diversos produtos, de variadas cores, texturas e tamanhos, todos impressos com plástico PLA, derivado do amido do milho ou da cana de açúcar que, diferentemente do plástico proveniente do petróleo, o PLA é biodegradável em condições ambientais específicas.
Fundada em setembro de 2017, a Casa Z foi idealizada por Bruno Boas. “Percebi que existem muitas pessoas interessadas por decoração, com bom gosto, que optam por objetos mais diferenciados e lúdicos, mas não querem ou não podem investir uma grande quantia de dinheiro para ter seus ambientes decorados”, diz. Tendo isso em mente, Bruno, que trabalhou como designer na Whirlpool, passou a modelar vasos para cactos e suculentas em um software específico. Quando imprimiu a primeira peça, em uma impressora 3D em sua casa, não tinha ideia de qual seria a aceitação do público. “Minha dúvida era se as pessoas iriam aceitar a impressão 3D, que tem uma característica estética própria”, lembra. Para fazer um teste, ele publicou o produto em sua conta no Instagram. “Vi que as pessoas mostraram interesse e passei a publicar os vasos em marketplace”, relata Bruno.
Quando teve a certeza da aprovação do público, decidiu efetivamente criar a empresa e convidou Amanda Bittencourt para entrar como sócia no negócio. Os dois haviam se conhecido na primeira edição da Startup Weekend Joinville, em 2016, e participado juntos em diversos outros projetos. Meses depois, Jorge Pietruza passou também a integrar o quadro de sócios do negócio.
Para a produção das peças, a Casa Z investiu em 16 impressoras 3D, o que a torna a maior fazenda de impressão 3D de Joinville e região. Cada produto leva em média duas horas para ser impresso. No total, são produzidas em torno de 100 peças por dia. “Nenhum produto é igual, durante o processo de impressão, o plástico vai tomando forma e apresentando pequenas características que diferem de produto para produto”, explica Bruno Boas, idealizador da empresa.
Os produtos são vendidos exclusivamente no site da empresa (www.casaz.com.br) e cada peça é produzida somente quando o pedido é realizado. “Trabalhamos sob demanda. Se um lançamento não vende, não temos prejuízos, porque não tivemos que desenvolver uma linha de produção. Se um produto vender uma unidade por semestre, ele não nos custou nada de estoque”, explica Jorge.
Na Casa Z, por exemplo, os processos criativo, produtivo e de marketing são atualmente realizados por três pessoas. “Se fôssemos contar com os processos industriais tradicionais, com grandes máquinas, seria impossível viabilizar a ideia com um quadro reduzido de pessoas. Nossa empresa existe porque apostamos na tecnologia da impressora 3D e vemos isso como algo contemporâneo”, ressalta Jorge.
Fábrica do Futuro
A Casa Z faz parte de um projeto denominado Fábrica Futuro. “Queremos que todos tenham em mente o 3D como uma nova forma de fazer negócio. A Casa Z é uma marca da Fábrica Futuro, e logo teremos mais novidades de produtos desenvolvidos por nós em outros segmentos”, revela Amanda. (com assessoria de imprensa)
Fotos: Arthur Andrade, Ion Photo Design, Divulgação