Um estudo inédito no Brasil busca desenvolver um revestimento cerâmico fotovoltaico que seja capaz de gerar energia elétrica de baixa potência a partir da luz solar. O projeto é liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Eliane Revestimentos e o Colégio Maximiliano Gaidzinski (CMG), que pertence ao Grupo Eliane.
Os responsáveis técnicos da Eliane, do CMG e da UFSC vêm desenvolvendo um sistema modelo que utilize os revestimentos cerâmicos como base para células fotovoltaicas, unindo as características de sustentabilidade e versatilidade das fachadas ventiladas e brises à geração de energia elétrica. Esta é a primeira etapa antes de se chegar a um produto destinado aos consumidores.
“Em parceria com o CMG e a UFSC, conseguimos elaborar este primeiro projeto, já aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e que está sendo financiado pelas empresas de geração de energia elétrica Baesa (Energética Barra Grande S.A) e Enercan (Campos Novos Energia S.A.). Durante 24 meses, o grupo de estudos irá coletar dados e compará-los às placas fotovoltaicas convencionais, com o objetivo de verificar a eficiência e a geração de energia deste novo sistema”, explica Luis Fernando Marino, coordenador técnico da Eliane Revestimentos.
Os testes com os revestimentos cerâmicos fotovoltaicos são realizados no Campus Araranguá da UFSC, onde foi construída uma planta bioclimática, que aproveita os recursos naturais para sua otimização. Entre as soluções sustentáveis, destaca-se a fachada ventilada, que auxilia na manutenção da temperatura interna por meio da ventilação vertical entre as placas cerâmicas e a estrutura do edifício, proporcionando maior conforto térmico à edificação.
A planta bioclimática também conta com os revestimentos como a nanotecnologia Cleantec que, quando aplicada em fachadas, auxilia na purificação do ar e na limpeza do revestimento; em revestimentos internos, inibe a proliferação de bactérias que prejudicam a saúde. Além disso, a planta também possui telhado verde (que mantém a temperatura do interior agradável, independe da estação do ano), solatube (cúpula transparente no teto que permite a entrada de luz natural) e captação de água da chuva (em sistemas de descarga e irrigação de jardim).
“Estima-se que um edifício que possua fachada com revestimentos cerâmicos fotovoltaicos consiga reduzir em aproximadamente 30% o consumo de energia, mas fatores como o peso elevado e o design das placas fotovoltaicas atuais não são atrativos aos consumidores. Ao nos unirmos ao CMG e à Eliane, uma das grandes fabricantes nacionais de cerâmica, queremos criar uma peça que integre a vantagem da geração de energia ao design diferenciado e menor peso, atraindo a atenção de arquitetos e decoradores para que utilizem em suas obras “, declara o professor da UFSC e coordenador do projeto, Roderval Marcelino.
Com a missão de oferecer ao mercado soluções tecnológicas e inovações técnicas em produtos e serviços, o Grupo Eliane vê o projeto como uma nova alternativa que possa enriquecer seu portfólio voltado à sustentabilidade, uma das preocupações da marca. “Este estudo demonstra a importância da pesquisa e desenvolvimento visando oportunidades na oferta de soluções inovadoras e completas. Para nós, é uma satisfação participar desta pesquisa científica, que visa o desenvolvimento de um novo produto relacionado a utilização de recursos naturais contribuindo com o meio ambiente”, declara a gerente da Eliane Técnica, Karina Campos. (com assessoria de imprensa)