Na última quarta-feira (16), a Movelsul Brasil reuniu expositores, patrocinadores e designers para a cerimônia de premiação dos 26 trabalhos premiados na 20ª edição do Salão Design – prêmio destinado a promover a criatividade, o empreendedorismo, a sustentabilidade e a inovação tecnológica por meio do design.
Foram 15 premiações em dinheiro nas modalidades Estudante, Profissional e Indústria; um prêmio Madeiras Alternativas; dois troféus Professor Orientador e oito menções honrosas. A comissão julgadora foi composta por cinco profissionais do design: Angela Carvalho, Glaucia Binda, Gustavo Bertolini, Ivens Fontoura e Paulo Biacchi e considerou quesitos como originalidade, fidelidade do produto em relação ao projeto apresentado, forma e função, ergonomia, acabamento, segurança e sustentabilidade.
O Salão Design 2016 teve 750 trabalhos inscritos em 2016, totalizando mais de 12 mil ao longo de sua história. Além da Movelsul Brasil, os premiados participam da 1ª edição da High Design – Home & Office Expo, feira âncora do DW! São Paulo Design Weekend, em São Paulo. As inscrições para participar da 21ª edição do prêmio abrem em outubro deste ano.
O catarinense Bruno Faucz foi um dos premiados do Salão. Leia a opinião dele sobre a premiação nesta rápida entrevista exclusiva que ele concedeu para o portal.
Qual Importância do prêmio para o design nacional?
Este é o maior prêmio de design da américa latina, o maior do país, é uma honra ser premiado e ter esse grau de reconhecimento do trabalho.
As premiações abrem portas e ajudam na prospecção de novos negócios e parcerias?
Quando iniciei minha carreira independente, em 2013, eu não havia ganhado nenhum prêmio, o que diferenciou meu trabalho foi o conhecimento técnico, dominar os processos fabris e conhecer o mercado é algo que considero fundamental para um profissional de design. Antes de abrir meu escritório, tive sete anos de experiência dentro de uma indústria, isso me ajudou a ver o design de maneira mais ampla e completa.
O importante do prêmio é o reconhecimento do trabalho que está sendo feito, isso reflete de maneira positiva para fechamento de novos negócios, sem dúvida.
Qual o conceito das peças e o que o júri destacou?
Uma busca constante nos meus momentos criativos é analisar o uso dos objetos, pensar como agregar mais funções é sempre uma busca, por exemplo. No caso da poltrona Solo – que também deriva um estofado -, a análise foi o uso do produto no dia a dia, tudo que temos em nossas salas, revistas, controles da tv e outros aparelhos. Tudo isso fica jogado entre mesas (centro e lateral) e rack, mas sempre utilizamos isso quando sentados no sofá, certo? Assim, além da função primordial que é sentar, criei um espaço embaixo de um dos braços, um local para acolher estes objetos, deixando todos eles à mão e com isso mantendo a sala organizada. Obviamente um estudo de proporções e materiais é feito para chegar no traço final do produto.
O maior peso do júri foi relacionado a originalidade e a qualidade da peça, tanto relacionado ao desenho quanto a peça física.
Onde essas peças são vendidas?
A poltrona e o sofá Solo são encontrados na Zaika, em Balneário Camboriú, mas outros produtos que desenho são encontrados nas melhores lojas de Floripa e litoral do estado.