Na exposição “Ilha em Linhas – Os desenhos do Urban Sketchers Florianópolis” estão não só os tradicionais cartões postais da cidade, como o Palácio Cruz e Sousa e o casario do Ribeirão da Ilha, mas também cenários que o cotidiano apressado muitas vezes esconde. O olhar atento dos artistas revela a casa simples de uma senhora no bairro Córrego Grande e as fachadas de inspiração art déco de dois prédios do Centro demolidos meses depois de serem desenhados.
Usando lápis, aquarela e outras técnicas, as 56 obras foram feitas pelos participantes do movimento Urban Sketchers Florianópolis, que desde maio de 2016 promove encontros gratuitos de desenho de observação. Os trabalhos estão no Espaço das Oficinas do Centro Integrado de Cultura – CIC até 27 de novembro, com abertura dia 5, às 19h.
Os 29 expositores têm ocupações tão diferentes como direito, engenharia, arquitetura, design e programação, incluindo até uma jovem estudante do ensino fundamental. A possibilidade de qualquer pessoa poder se juntar é uma das características do movimento.
É essa liberdade que atrai a jornalista Laura Tuyama. “Confesso que no começo eu não entendia direito. Como assim, não vai ter ninguém para me dar instruções sobre como fazer de forma correta? Como assim, ninguém vai avaliar e julgar no final?”, relata. Para ela, os encontros se transformaram em ocasião para estar com a família: mãe, irmãs, filho e sobrinhos também são frequentadores.
Espalhado pelo mundo
Através do manifesto, o movimento estimula o registro do lugar e do momento, o apoio mútuo e a expressão individual. “O objetivo, conforme diz o nosso manifesto, é mostrar o mundo, um desenho por vez”, explica Lucas Polidoro, um dos organizadores. “Através de diferentes estilos e técnicas artísticas, retratamos aquilo que nos rodeia, da maneira que vemos e experimentamos, criando registros para nós mesmos e para as gerações futuras”, completa.
Foi o jornalista e ilustrador espanhol Gabriel Campanario quem iniciou o Urban Sketchers em 2007, em Seattle (EUA). Hoje, há grupos espalhados por quase 300 cidades, de Beijing a Paris, do Líbano à Cidade do Cabo. O Brasil, com 49 grupos, está entre os países com a comunidade mais numerosa.
Desenhar o CIC
O prédio do CIC vai ser a inspiração da próxima sessão de desenhos, que ocorre dia 9 de novembro, no sábado seguinte ao da abertura da exposição. Quem quiser retratar os volumes de concreto da edificação, inaugurada em 1982, é só aparecer na entrada da frente às 15h com seus materiais de desenho. O encontro é gratuito, sem requisito de idade nem de habilidade. (com assessoria de imprensa)
Ilha em Linhas – Os desenhos do Urban Sketchers Florianópolis
De 6 a 27 de novembro de 2019, de terça a domingo, das 10 às 21h
Abertura: 5 de novembro (terça), às 19h
Espaço das Oficinas · Centro Integrado de Cultura – CIC
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica
Entrada gratuita · Classificação indicativa livre
Apoio: Oficinas de Arte, Fundação Catarinense de Cultura e Governo de Santa Catarina
Encontro de desenho no CIC
9 de novembro (sábado), das 15h às 17h, com concentração na entrada principal do prédio
Informações
instagram.com/
Urban Sketchers Brasil:
http://brasil.urbansketchers.
Site oficial do movimento:
Expositores
Ana Tuyama
Antônia Ribeiro – Tunoqui
Audrey Laus
Camila Tuyama
Carol Grilo
Daniela Almeida Moreira
Di Batista
Doug Menegazzi
Gui Ruchaud
Isa Simões
IsoDozol
Ivan Jerônimo
Jaqueline Silva
Jony Coelho
José Antônio Bellini
Laura Tuyama
Lucas Polidoro
Marcelo Schlee
Maria Esmênia
Michelli Zimmermann Souza
Nathália Hiendicke
Osmar Yang
Siení Cordeiro Campos
Sônia Tuyama
Suely Lewenthal Carrião
Valentina Kauling Laus
Vinícius Luge Oliveira
Walkiria Maria Duwe Mülbert
Zulma Borges