A Casa AQUA, projeto arquitetônico assinado por Rodrigo Mindlin Loeb e Caio Dotto e idealizado pela Inovatech Engenharia, tem se destacado na 30ª Casa Cor.
Construída em apenas 19 dias, a Casa produz sua própria energia, aproveita água de chuva para utilização nos banheiros e rega do paisagismo e tem flexibilidade para ser desmontada e levada para outro endereço, e lá montada novamente. É também menos poluente e autolimpante..
Loeb explicou que a moradia em exposição, pensada para um casal morar, é um projeto de pesquisa e desenvolvimento, mas plenamente adaptável para construção em larga escala. E que poderá servir a qualquer faixa de renda.
“É um protótipo já na fase final de produto, com um sistema resolvido e com a construção 100% equacionada, bem como a cadeia de suprimentos, mas só ganha verdadeiro sentido se tiver interesse social.” Loeb salientou ainda a flexibilidade do projeto e defendeu que é preciso o estudo de soluções para habitações sociais como um compromisso com a atual e futuras gerações.
Segundo Dotto, “a casa pretende não só registrar um modelo residencial unifamiliar industrializado, como também provocar a reflexão sobre o que é de fato necessário consumirmos para se viver bem e como isso se reflete na natureza”.
Luiz Henrique, da Inovatech, contou que é a primeira vez, em oito anos de pesquisa e desenvolvimento, que uma Casa AQUA pronta para morar foi construída. “A Casa AQUA tem montagem e desmontagem muito apropriada para aplicação em situações de risco e vulnerabilidade. Vale ressaltar a modularidade dos blocos hidráulicos autônomos, plug e use. Esse modelo pode qualificar situações precárias de habitação”.
“Toda a casa foi pensada para economizar recursos naturais e também reduzir a poluição e respeitar o meio ambiente, mantendo elevados níveis de conforto e saúde para seus usuários”, afirmou Loeb. O arquiteto lembrou que o déficit de moradias no Brasil é de 7,5 milhões de moradias. “Estudar soluções com foco no ambiente saudável e ciclo de vida durável é um desafio imenso, diante da perspectiva de que até 2025 teremos 80 milhões de pessoas sem moradia, se nada fizermos”, opinou Loeb.
Com 50 m² de área, a casa foi erguida a partir do uso de uma tecnologia construtiva finlandesa da empresa Kronan, um sistema constituído de placas de concreto pré-fabricadas, em painéis que substituem os pilares, vigas e alvenarias de uma construção. Já a facilidade de desmontagem da casa se dá por conta de um sistema de ligações parafusadas, que ao ser desfeito, permite a montagem em outra localização. Para garantir o conforto térmico, optou-se por sistema de fachadas ventiladas e cobertura verde. (com assessoria de imprensa).