Depois de dois anos de cancelamento por causa da pandemia, em 2022 o maior evento internacional de design e mobiliário, o Salão do Móvel de Milão, aconteceu de forma presencial e retornou celebrando os 60 anos como a mais importante vitrine mundial de inovação e criatividade em design. E para marcar esta data, temas importantes e mais do que necessários ganharam notoriedade em muitas das criações: sustentabilidade e consciência ambiental, principalmente, na produção de móveis.
Quem esteve lá, além de conferir os últimos lançamentos e tendências do segmento, também sentiu essa energia de perto. De Balneário Camboriú, três profissionais que fazem parte do Offices Casahall Design District, marcaram presença na feira.
“Já estávamos com saudade de toda essa movimentação que acontece na semana mais importante para o design mundial. E como era de se esperar as marcas estavam ansiosas e bem preparadas para mostrar ao mundo suas novidades. A feira estava repleta de cores, formas e texturas, além de muita tecnologia. O que pudemos observar é que o mundo anseia por sustentabilidade e as marcas estão preparadas para suprir essa expectativa”, ressalta a designer de interiores Cris Araújo, irmã e sócia de Linda Martins.
Este ano teve estreia do escritório de Linda Martins em Milão. Com um espaço no Brera Design District, a designer lançou uma nova coleção de tapetes, a Milano, resultado de uma collab entre o escritório Marau Design Studio e a Moriah Tapetes.
Quem também se identificou com o que foi apresentado na feira foi a arquiteta Ágata Cipriani, sempre atrás de novidades para oferecer o melhor para seus clientes de Balneário, Curitiba e de São Paulo. O coração bateu mais forte pela exposição apresentada pela Moooi, uma instalação multissensorial que equilibra o uso da tecnologia, design e lifestyle com a criação de diversos designers e artistas.
“As formas mais orgânicas do mobiliário e a quebra da linearidade ganham força nesta edição. Entre as andanças, a exposição da Moooi foi indescritível pela potência cinestésica do espaço montado. A marca tem um portfólio completo. Chamou a atenção uma luminária difusora de aromas que se move conforme a música e a transição da luminosidade, também as estampas e criação cromática”, conta Ágata
A arquiteta Flávia Kloss estava atenta aos lançamentos da indústria e às respostas materializadas nos estandes e mobiliários exibidos. Observou que a paleta neutra cedeu espaço para os tons verde, azul e marsala mais acinzentados, combinados a matizes impactantes como o laranja, amarelo e roxo. Segundo ela, a presença do verde das plantas nos ambientes e instalações foi notável, assim como a mudança cultural da preferência por materiais naturais, eficientes e produtos fabricados a partir do reuso. Tudo isso, reverberando na estrutura das moradias, dos negócios e da cadeia como um todo. “O Salão teve este ano um pavilhão inteiro dedicado à sustentabilidade, e uma das marcas que mais nos chamou a atenção foi a Artemide, com a iluminação de alta performance. São luminárias extremamente eficientes e adequadas ao uso. No estande a cor das lâmpadas é representada de diversas maneiras e atrelada aos seus diferentes usos. Além do design arrojado, a marca se preocupa muito em entregar produtos sustentáveis. Algumas peças são assinadas pelo grupo BIG, quem conhece sabe que o CEO Bjarke Ingels não faz nada que não esteja à altura de sua assinatura”, destacou.
Outra observação de Flávia foi com relação aos estofados, que estão cada vez mais orgânicos, disformes e com ergonomia mais baixa, rente ao chão. No quesito tecidos, apareceram tramas bem abertas e opções impermeáveis.
O Salão do Móvel, que movimenta Milão com a semana de design, encerrou neste domingo, 12 de junho.
Fonte: com assessoria de imprensa.