Os primeiros estudos para o Pavilhão do Brasil em Veneza foram feitos visando outra ocupação de terreno. O parque em que se realizam as famosas exposições bienais é atravessado pela água, e o pavilhão venceria este canal, formando uma larga ponte, substituindo a existente. Foi mais tarde escolhido outro sítio, ainda próximo do canal, em posição privilegiada em relação às circulações existentes. Situa-se no parque fronteiriço ao extenso prédio, de feitura antiga e linhas sóbrias que abriga exposições de diversos outros países. Esta construção comporta-se como painel de fundo para o Pavilhão Brasileiro, condicionando de certa forma a adoção de um partido simétrico. As formas externas do prédio projetado são um reflexo dos diversos usos recomendados pelo programa, ou seja, exposições de esculturas, gravuras e pinturas. As esculturas estarão dispostas no pátio que ladeia o bloco menor. Um forte elemento horizontal marca a entrada e, atravessando o prédio, define o eixo de circulação. Internamente, as variações nas alturas e nos usos de luz natural, caracterizam os espaços. O mais baixo, destinado a gravuras é relacionado com os pátios de esculturas através de amplas vidraçarias. O bloco maior, próprio a exposições de pinturas, é vedado aos espaços externos, deixando-se apenas uma faixa envidraçada junto ao tento para propiciar um ambiente mais favorável à contemplação das obras expostas.
Fonte: HMA Arquitetura
Pavilhão do Brasil – Bienal de Veneza
EQUIPE ARQUITETURA:
Projeto construído – Henrique E. Mindlin e Giancarlo Palanti Arquitetos Associados
Sobre a participação brasileira na 58 ª Bienal de Veneza
A prerrogativa da Fundação Bienal na realização das representações oficiais do Brasil nas Bienais de Veneza é fruto de uma longeva parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério das Relações Exteriores. MinC e MRE, responsáveis pela promoção da política de intercâmbio cultural do país, outorgam à Fundação Bienal a responsabilidade pela nomeação do curador e pela concepção e produção das mostras em reconhecimento à excelência de seu trabalho no campo artístico-cultural. Organizadas com o intuito de promover a produção artística brasileira no mais tradicional evento de arte do mundo, as exposições ocorrem no Pavilhão do Brasil, construído em 1964.
Representação do Brasil na 58ª Exposição Internacional de Arte – la Biennale di Venezia
De 11 de maio a 24 de novembro de 2019
Comissário: José Olympio da Veiga Pereira, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curador: Gabriel Pérez-Barreiro
Artistas: Bárbara Wagner & Benjamin de Burca
Local: Giardini Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália