A comunidade Coripós, localizada na cidade de Blumenau, é um broto dos vários outros escondidos na cidade, escolhido por Guilherme Augusto Linhares Vendrami, aluno de Arquitetura e Urbanismo da FURB – Universidade Regional de Blumenau, para o trabalho de conclusão de curso.
Trata-se de um projeto de um centro comunitário na comunidade, a partir de uma tecnologia construtiva adaptada ao morro. Agora está concorrendo ao prêmio Archiprix Internacional 2017, na Índia.
O projeto tem por objetivo materializar uma nova tipologia de construção para áreas de risco, ao mesmo tempo fomentando a comunidade a participar do processo de construção do espaço, e por uma reflexão essencial do que hoje entendemos por área de risco.
O trabalho envolve uma crítica sobre a cidade de Blumenau e como foi colonizada, junto ao seu rio, o rio Itajaí-Açu e seus vastos vales, como sendo os grandes transformadores do espaço. “Esses transformadores acabam se tornando problemas ao dar de encontro com a prepotência do homem, em sua essência, sobre seu sistema de adaptação com o lugar”, analisa.
Uma forma de habitar, aliada a um mal planejamento de adaptação do homem em relação ao meio ambiente, que traz sérios problemas ao espaço. Deslizamentos de terra e enchentes acontecem praticamente todo o ano em Blumenau, destruindo lares e vidas. Muitos dos desastres acontecem em ocupações informais, também tema abordado.
O trabalho parte da reflexão sobre o nosso modo de habitar e se adaptar ao meio, até uma tipologia construtiva alternativa na comunidade Coripós, com o objetivo principal de conversar e se adaptar ao ambiente natural através de uma solução essencialmente sustentável. Envolvendo conscientização ambiental, apoio das comunidades e uma nova forma de enxergar a cidade, podemos mudar a nossa visão sobre como a ocupamos, formando uma sociedade mais atenta e preocupada com o meio.
Fonte: Archiprix